Dilacerações
A quebra
O corte, a queda.
Quantas coisas dependuradas
Riscando a percepção da espera.
Quanta arte desesperada
e deserta
Quanta calmaria inacabada
Desordenada
e incerta
A descrição dos fonemas amordaçados
É um exercício tolo de submissão
É quase um poema no escuro
Na oscilação
Já a claridade
Manchada de retórica
E monotonia
Grita e silencia.
Cabe ao leitor uma ausência insone
Sem abrir possibilidade para que o poema acabe
E não abre