Antes que seja tarde, despejo a palavra que arde e que teme não desaguar. Despejo essa palavra e esse alarde que ecoam solitários no ar…
Há coisas na vida que ninguém sabe,
E eu não sabia que pediria tantas vezes
Pro tempo voltar
Volto ao tempo e a memória é um barco que me despeja no mar
Volto aos seus braços
e relembro das vezes
-nos domingos à tarde-
dormindo juntos,
sem nada questionar.
Volto em sua pele
gosto bom do sal
Como se fosse o próprio cais.
Olho pro solo firme
e entendo
não existimos mais.
Eu amava você mais que a paisagem
Mais que as passagens e mais que o além mar,
Eu te amava sozinha
Como essa poesia sem linha,
que parece que nnuca vai acabar.
E eu fico
-mesmo assim-
Te esperando voltar…
E assim como um sol amarelo
num oceano de estrelas
meu amor segue se pondo no mar…
Poema auto biográfico dedicado a eEverson Luiz Ramos.